Internet | Licenciatura? Mestrado? Como É Possível?

Hoje em dia vemos muita coisa online. Estamos a caminhar para uma época em que cada vez mais vivemos mais dependentes da Internet.

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Eu sou-vos sincero: a internet faz-me, por vezes, falta.


Quando estou num sitio sem redes wireless, quando não posso usar os meus dados, não quer dizer que entre em stress, mas volta e meia olho para o telemóvel e sinto aquela "ânsia" de querer ir à Internet ver o que se está a passar Sejam redes sociais, email, uma pesquisa rápida no Google, entre outras coisas.

Mas não é disto que vos venho falar hoje. Aliás, posso já adiantar-vos que é um texto opinativo sobre algo que tenho vindo a reparar ultimamente neste mundo que é o dos bloggers e youtubers.

Antes de mais, convido-vos a ler o texto, a reflectirem comigo e, no final, se assim o desejarem, que comentem este post e trocamos opiniões, pode ser?


Cada vez mais, as redes sociais são óptimas ferramentas de divulgação do nosso trabalho, dos nossos projectos. Uma excelente ferramenta de divulgação do nosso negócio e uma óptima forma de fazer publicidade a algo.

Todos nós somos Opinion Makers. Qualquer um de nós pode ser Digital Influencer. Eu não me considero como tal. Sei que, com os meus textos, posso "influenciar" alguém a comprar algo que experimentei, viajar para algum lado que fui e gostei, ir a um restaurante que fui, mas não me considero "O" digital influencer, nem me considero "uma" referência no que a digital influencers diz respeito.

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No entanto, o que vejo cada vez mais (no Instagram, maioritariamente) são pessoas licenciadas em determinadas áreas, com base em pequenos momentos da sua vida como instagrammer ou influencer.

Senão vejamos: vemos muitas pessoas a publicarem fotos em pose, com outfits todos muito bem combinados, com uma boa edição de foto, não sendo esta em exagero (como muitas fotos que se vêem por aí). Se lermos as biografias dos autores das fotos, vemos que são influencers (ok, faz sentido) e vemos que também são modelos.

Olhamos depois para os números deles e vemos poucos seguidores, pouca ou quase nenhuma interacção. Temos também aqueles que têm bastantes números, mas nada de interacção (o que nos poderá levar a pensar até que ponto é que essa pessoa não comprou seguidores) - Sim, é possível, como já deviam saber.

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E depois, claro, temos aqueles que têm um grande número de seguidores e bastante interacção (os ideais, como conseguem perceber).


Mas indo ao que interessa. Vemos muitos instagrammers que, por tirarem fotos todas artísticas, com boa edição, com outfits e afins, se auto-intitulam "Modelos". Em alguns casos, começo a rir-me quando leio algo deste género na biografia.

São modelos desde quando?
São profissionais de Moda desde quando?
São modelos agenciados por quem? Pelo Instagram?
O Instagram agora é uma agência de modelos que anda a recrutar por essa internet fora?


Nada contra quem faz do Instagram profissão (e têm imenso trabalho, porque isto não é só publicar fotos e já está). Exige imenso trabalho, tempo, investimento de tempo e, por vezes, dinheiro e, acima de tudo criatividade. Admiro quem consegue viver só do que faz no Instagram. Acreditem, estou a ser muito sincero quando digo isto.

No entanto, vemos uma larga fatia a assumirem algo que não são. A assumirem formação que não a têm - e aqui voltamos ao texto que escrevi aqui no blogue sobre Skills e até que ponto estamos a ser correctos ao assumirmos e oferecermos serviços para os quais não temos qualquer tipo de formação.

Aqui passa-se o mesmo!


Não vamos afirmar que somos "modelos" quando temos meia dúzia de fotos de outfits of the day, com meia dúzia de likes e afins. O cenário piora quando afirmam que são modelos agenciados, mas vamos a ver e não têm qualquer agência interessada neles, a não ser a imaginação deles.

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Da mesma forma que não vamos afirmar que somos mecânicos só porque o nosso carro já deu alguns problemas e tivemos que ir com ele umas quantas vezes ao mecânico ("propriamente dito") para ele o arranjar. Certo?

Faço sentido ou não?


Por isso, meus amigos, que, na minha opinião, não são mais que uns wannabes: tenham bom senso. Ganhem "noção". Metam a "mãozinha na vossa consciência" e tenham "dois dedos de testa".

As coisas não acontecem assim do nada. As coisas acontecem porque trabalhamos para que elas aconteçam. As coisas acontecem com esforço, dedicação e muito trabalho.

Que, hoje em dia, há pessoal que queixa-se que não tem trabalho mas, quando arranja algum emprego, depressa afirma que trabalha demasiado.

É como a outra da Casa dos Degredos - "Chamem-me para trabalhar, mas não muito!" #VaiTeEmboraTrabalho


Infelizmente, há muitas pessoas "sem noção da realidade", sem noção do caricato que conseguem ser e, quando têm bastantes pessoas a seguirem-nos, é grave. Pois há o risco de proliferação dessa "sem noçãozice" e aí é que "o caldo está entornado". É o que mais vemos pela Internet!

E aí? Quem já detectou alguma destas pessoas licenciadas e mestradas na Internet?

8 comentários:

  1. Quando o ego começa a ser maior que a consciência, infelizmente, acabamos por ver este tipo de situações. Acho muito bem que as pessoas procurem ajudar as outras com os conhecimentos que possam ter. No entanto, acho que é ridículo quando se acham mais do que aquilo que são

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    1. Sem dúvida. Tal como dizes, quando o ego ocupa um espaço enorme na pessoa não há quem os aguente ;)

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  2. Até aplaudo de pé! Este post está resumido a tudo o que ando a observar desde que tornei me blogger. Pior do que tirarem fotos e se intitularem como modelos ou Digital Influencers quando não o são, é usarem os filhos para terem seguidores, parcerias e ganharem dinheiro. Isso é mesmo macabro! Está a pobre criança com 1 ano e mais uns mesitos a pousar para fotos só para que a mãe consiga postar a foto dele usando roupas dadas pelas marcas! Ganhassem essas "gajas" juízo que já não se aguenta! Estarem a usar crianças para ganharem dinheiro! Onde isto vai parar?! Sabendo nós que a Internet sendo muito boa, também consegue ser muito má. E fotos de filhos na Internet é sempre algo muito errado a fazer-se. Os meus parabéns pelo post! Quanta verdade! Beijinhos ;)

    www.carolinafranco.pt

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    1. Obrigado pelas palavras Carolina :) usar os filhos para ganhar coisas já tinha ouvido falar mas preferi não referir isso porque podia ferir susceptibilidades. Se acho que faz sentido? Não. Se acho que deviam ter o mínimo de bom senso? Sim. A questão e que não sabem o que é bom senso quanto mais terem-no. Beijinhos

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  3. Depois existem pessoas como tu que me fazem acreditar que, realmente neste 'Mundo' ainda há pessoas com alguma noção e bom senso. Obrigada!

    Beijinhos, A Namastê

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  4. Uma das cenas que reparo quando não tenho wifi ou dados móveis é que parece que tenho mais coisas para ver na internet... Hoje em dia estamos habituados a este facilitismo e quer queiramos quer não, se nos for negado sentimos falta.
    Concordo em absoluto com o teu texto. Acho que cada vez mais se trata de ego, como mencionou a Andreia Morais.
    Acho que há pessoas que vivem para o instagram, para ter estatuto de #instagrammers ou #influencers... Não fazem as coisas porque gostam ou porque é um hobby, fazem porque tem de ser, para "chegarem lá".
    Confesso que gostava sim de crescer mais no instagram, de ter mais seguiodres, mais interação, mas prefiro ter 1900 seguidores e interação do que 10000 e nada de interação.
    E sim, também sou da opinião que há por aí malta a comprar seguidores e isso é muito fácil de perceber... Basta ver o número de seguidores e o número de gostos/comentários.
    Mais uma vez, bom texto.
    Beijinho*

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    1. Obrigado pelo teu comentário Rita. Realmente é uma questão de fachada. Querem bons números mas não se esforçam. Vai pela via mais fácil que é comprar seguidores em prol da interacção... enfim. Quando é que vão aprender?

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