Confinamento | Como Assim? Estamos Todos Em Casa?

Pois é, meus amigos, voltamos ao confinamento.

Confinamento | Como Assim? Estamos Todos Em Casa?

Se bem que. a meu ver, este confinamento "tem muito que se diga", uma vez que as regras são um pouco diferentes das do ano passado. Ok, segunda-feira vieram anunciar novas medidas. A ver se isto melhora, mas, a meu ver, e infelizmente, acho que ainda há pessoas que não perceberam o que significa confinamento e que este é diferente do recolher obrigatório.

Quando foi anunciado um possível confinamento, pelo que vi nas ruas, e ouvi algumas pessoas, estas estavam contentes porque iam estar um mês em casa, sem trabalhar, mas a receber o seu ordenado por inteiro. A postura delas era como se fossem estar de férias durante um mês.

Fiquei, de certa forma, revoltado, uma vez que a mentalidade dessas pessoas é limitada. Vamos fazer contas: durante um mês conseguem estar em casa e têm garantido o seu ordenado. Mas, se a empresa para a qual trabalha não tiver rendimentos, como é que fazem ao fim do segundo mês quando não conseguir pagar os ordenados? As pessoas vão continuar alegres e contentes porque "estão de férias"?

Não me parece!


Mais ainda, vejo alguns comércios a "darem a volta" ao sistema e a contornarem as regras, sejam eles cafés ou até lojas de venda de roupa e outros bens não essenciais. Refiro estes termos, dado que as exceções deste confinamento contempla uma lista maior de bens essenciais.

Mesmo agora, com as medidas mais apertadas, durante as minhas caminhadas na hora de almoço, quantas lojas de venda de roupa (e não só) vejo abertas, de luzes apagadas, com o staff e clientes lá dentro? As pessoas não sabem o que significa sacrifícios? Não sabem que não estamos para brincadeiras e que isto convém ser tratado que os nossos hospitais estão perto da rutura?

Claramente não conseguem. "Melhor": ainda não devem ter perdido ninguém para o Covid ou, por causa do número elevado de infetados por este, não devem ter perdido alguém "não-Covid" que não teve assistência médica atempadamente.

Doentio perceber este egoísmo.


Já aqui disse que é nestas alturas de crise que vemos o verdadeiro carácter das pessoas: desde açambarcar mercearia, medicamentos, entre outros até olharem para o seu próprio umbigo e não conseguirem abdicar de meia dúzia de "trapos" só porque gostam de fazer compras e são fúteis ao ponto de não saberem fazer outra coisa.

Desculpem a minha sinceridade, mas é isto que penso.


Falemos agora de festas privadas - mais uma estupidez proveniente de pessoas acéfalas que têm ar na cabeça ao invés de um cérebro. Como é possível, em plena pandemia (já nem falo no confinamento) haver pessoas a organizar festas privadas, à porta fechada? Pior, haver estabelecimentos que concordam com isso. Por uma questão de dinheiro? Ok, dinheiro faz falta a toda a gente e, infelizmente, alguns negócios irão fechar e outros estão a passar sérias dificuldades. Mas então e a saúde? Não importa? Tem de haver equilíbrio, não?

Sem saúde, não há dinheiro. Sou só eu a pensar assim?


O caso ainda consegue piorar mais quando figuras públicas e "influencers" que, de manhã, dizem que começa mais um dia em confinamento e à noite estão no meio de uma festa com imensa gente, sem máscara, sem qualquer tipo de distanciamento e sem qualquer cuidado.

Mas estamos todos tolos? Porra, mas é esse exemplo que querem dar à vossa comunidade?


Infelizmente, acho que ultimamente temos visto cada vez mais adeptos a entrar no clube dos "Sem-Noção". Sem respeito. Sem noção da realidade. Pessoas ignorantes e egoístas. Noção, procura-se! É só o que tenho a dizer.

A todos vocês, protejam-se. Se estamos em confinamento, cumpram-no! Eu tenho que ir trabalhar diariamente. Se pudesse ficar em casa, ficava.

7 comentários:

  1. Concordo a 200% com aquilo que aqui disseste. O governo pode criar todos os confinamentos do mundo, criar todas as restrições e mais algumas, que nunca vão funcionar enquanto as pessoas não ganharem noção e dois dedos de testa. Não entendo como é que as pessoas conseguem ser insensíveis às notícias assustadoras que vemos diariamente, aos números que crescem a olhos vistos... É claro que dinheiro faz falta, é claro que sentirmos que estamos "presos" em casa custa a todos, mas temos de pensar na comunidade e não só no nosso umbigo. Precisamos todos de fazer a nossa parte para que possamos recuperar a nossa "liberdade" e regressar à "normalidade" (tudo entre aspas, porque nos dias que correm estes são conceitos muito subjetivos).
    Eu estou a sair diariamente porque estou a estagiar e não o posso fazer em teletrabalho, mas após o meu horário terminar vou para casa e não saio mais, não saio ao fim de semana. Cada um de nós tem de fazer o que lhe compete para contornarmos esta situação!
    Beijinhos

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    1. Eu, se pudesse, ficava em casa. Diariamente, vejo pessoas - de risco, entenda-se - a passearem e a "baterem perna" nas ruas. No primeiro confinamento as pessoas ainda estavam mais em casa. Agora não: passeiam, andam com as crianças na rua como se nada fosse ou se os passeios demorados fossem permitidos. Os números continuam altíssimos e as pessoas parece que já foram "anestesiadas" face aos números.

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  2. É egoísmo mesmo.
    Isto pelos meus olhos de pessoa que está em casa desde março.
    Que não fiz férias.
    Que num ano vi os meus pais 3x, sendo uma para o pior dia das nossas vidas.
    É egoísmo e não vejo ninguém a aprender nada. Muito também pela comunicação que se faz do que se passa.
    A ver se mudamos algo, no domingo.

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    1. Sinceramente, acho que não é domingo que se vai mudar muita coisa. Aliás, antes achava que a abstenção iria ser menor que das outras vezes, mas, tendo em conta o mau tempo que se avizinha e o facto de grande parte das pessoas não "aguentarem" nem terem paciência para filas (eu bem vi no dia 17 com voto antecipado), começo a acreditar que a abstenção irá aumentar drasticamente. Isto para não falar das figuras públicas que vêm para a televisão dizer que se estiver fila para votar, vão embora. Que raio de exemplo é este?

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  3. É egoísmo mesmo.
    Isto pelos meus olhos de pessoa que está em casa desde março.
    Que não fiz férias.
    Que num ano vi os meus pais 3x, sendo uma para o pior dia das nossas vidas.
    É egoísmo e não vejo ninguém a aprender nada. Muito também pela comunicação que se faz do que se passa.
    A ver se mudamos algo, no domingo.

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  4. Algumas pessoas são muito egoístas. Este ano só saímos de casa 1 vez e para nos enfiarmos novamente na nossa casa de aldeia, sem ver ou visitar pessoas. Vimos os nossos pais umas 3 ou 4 vezes presencialmente (viva as novas tecnologias que ajudam a manter o contacto).
    Perdemos familiares para este maldito vírus.
    E depois vemos gente sem noção a fazer festas e acharem que está tudo bem.

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    1. Não imaginam a quantidade de pessoas que vejo sem máscara a entrar em locais fechados, por exemplo. Depois uma pessoa chama-lhes a atenção e ainda ficam todas ofendidas. Passeiam com as crianças como se estivessem de férias... enfim, comportamentos que não consigo entender, sinceramente.

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